Documento Básico

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A Juventude e o Meio Ambiente

 Segundo as Nações Unidas, o conceito de juventude abrange a faixa etária dos 15 aos 29 anos. Dentro deste imenso recorte social, a juventude assume muitas formas, questionamentos e ações. As diferentes realidades sociais vivenciadas pelos jovens demonstram a necessidade de uma abordagem pluralista do conceito de juventude, se fazendo necessário uma percepção plural, entendendo que existem diferentes juventudes com perspectivas, vivências e anseios distintos. Ademais, muito se ouve falar que as juventudes são a representação do futuro, mas de forma complementar
 dizemos que além de sermos o futuro as juventudes também são o presente, e se fazem presente em múltiplos espaços de atuação, para que possamos futuramente ver os resultados acontecerem, rumo ao desenvolvimento sustentável.

 A importância da juventude na construção do Desenvolvimento Sustentável O conceito de Desenvolvimento Sustentável mais aceito é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. Tendo em vista que no mundo existem 1,8 bilhões de jovens (ONU, 2018), é necessário destacar a sua importância na participação mundial para a construção desse desenvolvimento sustentável.

 A juventude é um dos segmentos mais sensíveis às causas ambientais, visivelmente percebido nas diferentes formas de manifestações e organizações sobre o tema. Exemplos como o de Greta Thunberg ajudam a causar impactos positivos e despertar a atenção das pessoas. Algumas Startups criadas por jovens estão revolucionado a maneira de se produzir contribuindo para a diminuição do uso dos recursos naturais, seja substituindo uma matéria-prima ou reutilizando e reciclando resíduos que seriam descartados. Considerando o papel que a juventude vem desempenhando nas causas ambientais e sociais é de suma importância criar canais de participação e integrar os movimentos tradicionais com as novas formas de mobilização social realizadas por esse grupo ajudará na construção de um futuro melhor na esfera socioambiental.

 A juventude e o caminho da universalização do saneamento básico

Quando se trata do quadro geral do saneamento básico, ainda há um grande caminho a percorrer. Os níveis de cobertura no Brasil são, em geral, muito insatisfatórios. Como exemplo, os índices de atendimentos à população brasileira, segundo o SNIS (2018) são de: 46% em tratamento de esgotos, 53% em esgotos coletados e quase 84% em abastecimento de água garantido pelo sistema de abastecimento das cidades (Instituto Trata Brasil, 2018). Isto é, mais da metade da população não tem seus esgotos tratados (mais de 100 milhões de pessoas) e ainda 16% da população depende de fontes alternativas para consumo de água (aprox. 32 milhões).

 Como resultado, avalia o Instituto Trata Brasil (2018), o país registra quantidades expressivas de internações devido a doenças veiculadas por água, esgotos e resíduos acondicionados e/ou descartados incorretamente. Tais doenças poderiam, portanto, ser evitadas via ampliação do saneamento básico. O jovem brasileiro (em especial o habitante das periferias e interior do país), são impactados com agravos de saúde e demais consequências para seu desenvolvimento e aprendizado. A juventude se insere neste cenário como aqueles que terão a oportunidade de tomar as decisões para viabilizar soluções abrangentes e diversificadas em termos de saneamento, isto é, que atendam às mais diversas condições de moradia, densidade demográfica, a tecnologia disponível, condições econômicas das famílias e dos municípios.

 Muitas dessas soluções já são conhecidas e, por vezes aplicadas pela própria população e pelas famílias, num exemplo de empoderamento social e de uso da tecnologia a serviço do desenvolvimento social (como os sistemas criados pela Embrapa para o meio rural). Além destes, há também o exemplo
 estrangeiro do holandês Boyan Slat, que aos 18 anos conseguiu imaginar uma forma relativamente barata, sem custo energético para coletar lixo plástico do Oceano Pacífico (o projeto Ocean Cleanup). Uma atitude repleta de Ciência e boa vontade.

 Juventudes e a Ação Climática

Existem 1,8 bilhão de jovens em todo o mundo, e nunca houveram tantos jovens na história. No que tange às consequências das Mudanças Climáticas, sabe-se que os países em desenvolvimento serão os mais afetados. Apenas na América Latina são 108 milhões de jovens, e mais do que nunca a união dessas vozes se fazem necessárias para que possamos ter um futuro assegurado para as próximas gerações. Falar em ação climática é estar mutuamente atuando em direitos humanos, saúde pública e muitas outras pautas socioambientais, visando o desenvolvimento sustentável. Mas por que e para quê se faz necessária a atuação da juventude?

A Juventude é o agrupamento social com alta relevância na temática de ação climática, pois é a juventude que nasceu nesta crise hídrica e climática, e é a juventude que continuará lidando a atuando na linha de frente das mitigações desta crise hídrica e climática. Nas atuais gerações, os avanços tecnológicos nos proporcionaram uma maior plasticidade de atuações e acesso à informação, de forma que temos maiores condições de compreender as problemáticas e pensar em soluções de mitigação. Neste momento, milhares de jovens encontram-se sensibilizados por pautas ambientais, mas ainda não é o suficiente. Precisamos de replicadores de informações, e influenciadores que tenham a capacidade disseminar informação e de incentivar a atuação climática. Não mais se trata de uma simples Mudança Climática, estamos vivendo uma Emergência Climática e precisamos agir!